Thursday, April 20, 2006

SANGUE É TINTA DE ESCREVER

olhei pra foto do Marcos Prado
no blog de um outro poeta mano
aquilo não é cara que se cheire
tristeza demais pra ser só dele

melhor então nem escrever
se for só pra, como ele, se foder
um poeta que se bebeu
que naquele bar nunca seja eu

mas olhei bem nos olhos do cão
e percebi que a vida não é em vão
antes morrer de extrema ternura
que viver pra sempre de literatura

Comedor de Ranho

17 Comments:

At 4/20/2006, Anonymous Anonymous said...

De tirar sangue da alma, poeta.
Entendi seu poema, dor sobre dor.
Isso é escrever com sangue.

Rubens X

 
At 4/21/2006, Anonymous Anonymous said...

Digno do Marcos Prado.
Muito bom mesmo.

 
At 4/21/2006, Anonymous Anonymous said...

passei teu email pra rapeizi. agora é com vc.

 
At 4/21/2006, Blogger Roberto Prado said...

Grande pegada, ritmo alucinante e emoção em cada letra. Valeu!

 
At 4/21/2006, Anonymous Anonymous said...

Você é o cara, João. Finalmente um poeta nesse Brasil de merda.

E digo isso não porque me sinto teu amigo, mas porque você vai na veia mesmo.

Maurício Alencar

 
At 4/21/2006, Anonymous Anonymous said...

Rubens Équis, vc falou a frase que virou minha alma do avesso: dor sobre dor. O que o comedorderanho tá fazendo é isso, em todos os poemas do cara tem essa coisa. O cara nasceu com o dom.

Felipe das Avessas

 
At 4/22/2006, Anonymous Anonymous said...

Cruel esse poema, mas de arrancar o coração do peito. Versos de primeira, o final de uma doçura extrema.

Joca

 
At 4/22/2006, Blogger polacodabarreirinha said...

This comment has been removed by a blog administrator.

 
At 4/22/2006, Anonymous Anonymous said...

Menino, tu escreves bem demais pra tua idade, se bem que o Rimbaud aos 18 já estava parando. No entanto, não quero fazer comparações. Digo-te apenas que a continuar assim tu tens um grande futuro. O poema em quadrinhos, apesar de todo o experimentalismo caótico, se resolve de forma magnífica no final, com aquele porre e culminando com o sono depois. Voltei para todos sons anteriores do poema e ouvi alguém andando numa rua qualquer de uma grande cidade. Neuroses, congestionamentos, bate-estacas. Tudo muito real, nítido.
Tens alma de poeta e coração também, senti fortemente isso nesse poema dedicado ao poeta Marcos Prado. Não conheço muito bem esse poeta, mas pelo que consegui na internet
parece que produziu muito e bem. Apesar da morte precoce.
Eu não estou em condições de dar conselho a ninguém, mas se tu evitares ou pelo menos comedires o uso da galhofa, do slogan fácil e da piada trocadilhesca, teremos mais um grande poeta entre nós.
Pegada, tu tens. Ritmo, tens também. Criativadade no rimário mais ainda. Inteligência na abordagem dos temas e na construção do verso, então, nem se fala. Digo-te ainda que foi um prazer enorme ler 4 de teus textos aqui expostos. Textos verdadeiramente de um grande poeta.

Alcides R. Gonçalo
Passo-te um e-mail ainda hoje.

 
At 4/22/2006, Blogger polacodabarreirinha said...

Fiquei de quatro, Alcides.

 
At 4/22/2006, Anonymous Anonymous said...

apesar da cara triste, o marcas até que era um cara alegre... belo texto!!!

rodrigo

 
At 4/22/2006, Blogger polacodabarreirinha said...

Aviso aos comentaristas: comentários com notas de depravação sexual com mera intenção de causar escândalo serão excluídos sumariamente.

 
At 4/22/2006, Blogger polacodabarreirinha said...

Duas dúvidas: o Joca é o poeta Joca
Terron? O Rodrigo é o Rodrigo do Farpas Angelicais?

 
At 4/22/2006, Blogger polacodabarreirinha said...

Saber que isso vem de um dos parceiros, Polaco, isso me provoca calafrios.

Abraço

 
At 4/23/2006, Blogger Roberto Prado said...

O comentarista é o grande Rodrigão, da banda Beijo aa Força. Abração.

 
At 5/02/2006, Anonymous Anonymous said...

gênio total, parabéns


Gosma

 
At 5/02/2006, Anonymous Anonymous said...

Ninguém falou do Marcos como vc. Sensacional, bestial!

Sérgio Lupertto

 

Post a Comment

<< Home