- Cale a boca! Meu pai disse.
- Você está bêbado! Minha mãe continuou.
- Endemoniado! Minha irmã exorcizou.
- Vou te encher a cara de porrada, patife!
Ameaçou, meu irmão mais velho.
E, de repente, sem mais nem menos,
Tudo que eu mais quero,
Não é o silêncio mas o berro,
O choro de quando éramos pequenos,
Aquela cumplicidade de criança.
Mas o choro veio sem lágrimas,
Mas o choro veio sem esperança
Mas o choro me chutou as nádegas
Mas o choro me levou a rima
E vomitei, eu, a vergonha da família!
Comedor de Ranho
posted by polacodabarreirinha @ 3:18 PM
3 Comments:
Genial! É o q eu tenho a dizer. Abs
Valeu, Alexandre.
Puxa comedor de ranho
Se o Nando Reis visse essa poesia, faria uma música com ela e seria um sucesso fenomenal.
Melhor que Marvin!
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