Arranjei um cabaço pra cabeça
Está bem, sou culpado, teu cabaço
Foi para o beleléu, escafedeu-se.
Agora você quer ele de volta
E eu, o tarado, é que, cabisbaixo,
Me arrependo porque, por mais que pense,
Não consigo acalmar minha revolta.
Você preparou tudo: o vinho, a cama,
Ora bolas! , até pílulas tinha!?
Conversamos, bebemos e trepamos
Tanto tanto que minha boa fama
Ultrapassou as fronteiras da vila
E hoje me causa só perdas e danos.
Não sei onde eu estava co’a cabeça,
Não a do pau; a outra, que, bebaça,
Sustentada pelo pescoço babava
E grunhia como um porco sem defesa
Diante da faca afiada que transpassa
Seu corpo e leva a vida que o levava.
Nós dois, completamente loucos: sexo,
Drogas e punk rock, e agora essa!?
Reconstituição, plástica de cabaço!?
Sinto muito, neném, papo sem nexo,
Pra cima de mim, é outra conversa,
Vira o rabo pra cá e veja o que eu faço!
Comedor de Ranho
Tuesday, November 07, 2006
Poesia e crítica
About Me
- Name: polacodabarreirinha
- Location: Curitiba, Paraná, Brazil
Poeta, compositor, publicitário, professor de literatura e língua portuguesa.
Previous Posts
- Teoria da decomposiçãoMinha escola literária é o b...
- Aos maloqueiros do Malocabilly, aos maloqueiros qu...
- Estou livre de vocêsDas minhas misérias, conheço o...
- Amigo é pra essas coisasOntem, o Type aterrizou lá...
- Pronto pra outraA jaqueta me cai bem pra caralho,E...
- Como matar a família e fazer novos amigosMatei min...
- É batataEstou a dois mil e seis por hora ou mais,A...
- EUEu, cabisbaixo, com a alma aflita,Caminho entre ...
- Para Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa, Leminski, Kl...
- O pobre diabo Papa Bento XVIO Papa tem ódio no cor...
0 Comments:
Post a Comment
<< Home