Os incomodados que se retirem
Eu, sentado sozinho no bar,
Ela, único destino do meu olhar.
O cara que a acompanha vê
Que eu a vejo e deixo perceber.
Não estou nem aí pro idiota,
Sei quando uma fêmea me nota
E põe em cada gesto sedução,
Malícia, com segunda intenção.
Quanto mais tentam disfarçar,
Muito mais eu tenho a observar.
Nela, a feminilidade, a graça;
Nele, a instabilidade, a farsa.
Nos dois, o real desequilíbrio,
Todo movimento deixa vestígio.
Como não levanto, vão embora
E dizem algo da boca pra fora!
Comedor de Ranho
Tuesday, September 05, 2006
Poesia e crítica
About Me
- Name: polacodabarreirinha
- Location: Curitiba, Paraná, Brazil
Poeta, compositor, publicitário, professor de literatura e língua portuguesa.
Previous Posts
- Cu na reta é a menor distânciaAh! falsários de QIs...
- Para mim, ParatyEntrouxem no rabo essa literatura,...
- Mulher da VidaEla é turrona, anda armada,Gosta de ...
- poesiase achegue mais, bucetuda,não fale nada, lin...
- CelebraçãoCelebro a farta porradaria da boaA alegr...
- Não preciso de você.Ontem toquei uma bronhaPensand...
- Agora é com vocêEste poema que está aqui e agora,C...
- Casal Classe MédiaEla quer lua de mel na SuíçaEla ...
- Poli Cia LtdaOntem eu fiquei de caraArrebentaram a...
- Baile de Máscaras- Cale a boca! Meu pai disse.- Vo...
3 Comments:
Simplesmente genial.
Ernesto Silva Pontes
Brilhante!
Silva Menezes
Sempre surpreendendo, né, Comedor?
Muito bom, já vivi isso dezenas de vezes, mas lendo a gente se vê e se revê no contexto.
Abração
Dalton
Post a Comment
<< Home