Um Poeta Todo Prosa
Visto uma camisa que me cai do céu,
No olho da rua estou bem visto,
É bom se sentir elegante pra bedel
E ver o mundo ainda mais bonito!
Sou poeta, ninguém me tira da cara
A estampa, a marca, meu logotipo
O lay-out pode até ser meio antigo
Mas ser clássico é qualidade rara!
Falando eu sou mestre do universo,
Manjo a manha, tenho a levada,
Pra você, isso pode não valer nada;
Pra mim, é muito mais que peço!
Comedor de Ranho
comedor de ranho
Thursday, May 04, 2006
Wednesday, May 03, 2006
os hipócritas estão chegando
rezam até o cu fazer bico
dia e noite, noite e dia...
não sei de onde tanto pecado
choro, convulsão, cantoria,
querem ganhar o céu no grito
ou fazendo abaixo-assinado
deus que se cuide e se prepare
se não quiser ir pro vinagre
perto deles, o diabo é um santo
abençoa, cura e faz milagre
abrem igreja em qualquer canto
até em puteiro já estão rezando
ai, meu cristinho, ai, meu bom alá,
reajam, antes do mundo acabar!
Comedor de Ranho
rezam até o cu fazer bico
dia e noite, noite e dia...
não sei de onde tanto pecado
choro, convulsão, cantoria,
querem ganhar o céu no grito
ou fazendo abaixo-assinado
deus que se cuide e se prepare
se não quiser ir pro vinagre
perto deles, o diabo é um santo
abençoa, cura e faz milagre
abrem igreja em qualquer canto
até em puteiro já estão rezando
ai, meu cristinho, ai, meu bom alá,
reajam, antes do mundo acabar!
Comedor de Ranho
Tuesday, May 02, 2006
poema em linha torta
para roberto prado
A serpente mostra a maçã a Newton,
Que cofia os miolos com gravidade,
Engolindo em seco o pomo de adão.
O poeta, achando tudo lindo,
Parte com tudo da realidade
E lá vai ele ensaiando um balão!
Comedor de Ranho
para roberto prado
A serpente mostra a maçã a Newton,
Que cofia os miolos com gravidade,
Engolindo em seco o pomo de adão.
O poeta, achando tudo lindo,
Parte com tudo da realidade
E lá vai ele ensaiando um balão!
Comedor de Ranho
Sunday, April 30, 2006
Reflexões à Beira do Abismo
O universo é uma piada.
Onde já se viu um buraco negro
Que engole tudo e tudo vira nada
E todo mundo se caga de medo?
Não, não aceito de jeito nenhum...
Quasares e pulsares que se danem,
Mais se afastam, mais se aproximam de um
Novo e catastrófico big bang!
Da Terra, avisto as oitenta e oito
Constelações perfiladas em signos,
Fiando fados, tecendo destinos
Como se tudo já estivesse pronto.
Com todo meu raciocínio repilo
O sofrimento passivo de um cristo,
A tese do super- homem de Nietzche
E o ditatorial dedo em riste...
Ser humano, morada de parasitas,
Vermes, vírus, micróbios e bactérias,
Criar um deus na fossa das idéias
E dizer que está apto a outras vidas!?
Quanta inocência! Quanta arrogância!
O corpo é apenas carne e osso
E os vermes, passando a mão na pança,
Já estão se preparando para o almoço!
A alma ainda vai ser seu cativeiro,
pois se o pobre diabo vive num inferno,
Sonhando acordado com o eterno
Pode ir dando boa noite pro gaiteiro!
Comedor de Ranho
O universo é uma piada.
Onde já se viu um buraco negro
Que engole tudo e tudo vira nada
E todo mundo se caga de medo?
Não, não aceito de jeito nenhum...
Quasares e pulsares que se danem,
Mais se afastam, mais se aproximam de um
Novo e catastrófico big bang!
Da Terra, avisto as oitenta e oito
Constelações perfiladas em signos,
Fiando fados, tecendo destinos
Como se tudo já estivesse pronto.
Com todo meu raciocínio repilo
O sofrimento passivo de um cristo,
A tese do super- homem de Nietzche
E o ditatorial dedo em riste...
Ser humano, morada de parasitas,
Vermes, vírus, micróbios e bactérias,
Criar um deus na fossa das idéias
E dizer que está apto a outras vidas!?
Quanta inocência! Quanta arrogância!
O corpo é apenas carne e osso
E os vermes, passando a mão na pança,
Já estão se preparando para o almoço!
A alma ainda vai ser seu cativeiro,
pois se o pobre diabo vive num inferno,
Sonhando acordado com o eterno
Pode ir dando boa noite pro gaiteiro!
Comedor de Ranho