Thursday, November 30, 2006

Dando corda


Destempero tem um preço, ô nega,
Ajoelha ao microfone e mete a boca.
Pra você só o melhor da minha porra,
Tome e pense que bebe uma cerveja.
O meu pau é gozado pra caralho,
Pro teu coração ele sabe o atalho.

Você diz que me ama quando estou dentro
E me odeia muito se estou por fora.
Pretendo resolver tudo isso agora
E você sabe como eu sou ranhento.
Ninguém é de ninguém já disse alguém,
Essa é mais velha que o Matusalém.

Quer ficar comigo? Umbigo a umbigo?
O amor é dor, li num livro esquecido.
Toque uma siririca e lamba os dedos,
Foda-se o relacionamento aberto!
Já te contei um por um meus segredos,
Agora nem vem que não tem nem quero.

Sou louco demais para uma mulher,
Mas eu vou querer se você quiser.
Coração-poeta não se domestica.
A poesia é uma fêmea ciumenta,
O amor, uma corda que dá na estica.
Suba na forca e vê se ela te agüenta!


Comedor de Ranho